Ministros da Defesa dos países da América assinam declaração por paz e democracia

Brasil, México e Argentina consideram que a ONU é o foro adequado para tratar da guerra entre Ucrânia e Rússia

Ministros da Defesa de 21 países do continente americano assinaram, nesta quinta-feira (28), uma carta que classifica como ilegítima a invasão russa na Ucrânia e reafirma o compromisso com a democracia e com a soberania nacional dos países. O movimento fez parte da 15ª Conferência dos Ministros da Defesa das Américas (CMDA), que ocorreu em Brasília.

A declaração soma-se às outras manifestações em defesa dos valores democráticos que foram divulgadas nos últimos dias.

No documento, os chefes de segurança signatários se comprometem a respeitar a Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Carta Democrática Interamericana. Os ministros declararam o compromisso de “continuar promovendo e fortalecendo a paz no Hemisfério, com pleno respeito ao Direito Internacional, em particular por meio do cumprimento da promoção, da integração do Direito Internacional Humanitário e do Direito Internacional dos Direitos Humanos”.

Além disso, a declaração reforça os princípios de soberania nacional de cada país, afirmando compromisso inalienável com “a defesa dos valores da autodeterminação, da independência nacional, do respeito da integridade territorial, à proteção de população civis, a liberdade frente à dominação estrangeira, do respeito às fronteiras reconhecidas internacionalmente e da soberania nacional”.

No documento, Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Paraguai e República Dominicana ainda reforçaram posição contrária à guerra que ocorre entre Ucrânia e Rússia. De acordo com eles, o conflito se trata de uma “invasão ilegal, injustificável e não provocada da Ucrânia”.

Embora tenham assinado o documento, representantes do Brasil, do México e da Argentina apresentaram uma nota com ressalvas em relação ao conflito europeu. Os três países apontaram a Organização das Nações Unidas (ONU) como foro adequado para tratar da questão.

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