Coligação da situação ficou em primeiro, mas não conquistou mais de 50% das cadeiras; direita radical liderada por Marine Le Pen teve o maior avanço
Pela primeira vez na história da França, um presidente eleito não conseguiu manter a maioria absoluta no Parlamento. No segundo turno das eleições legislativas disputado no domingo (19), a coligação liderada por Emmanuel Macron – denominada Ensemble (Juntos) – obteve 245 cadeiras, 44 a menos do que as 289 necessárias para não precisar negociar com outros grupos para aprovar projetos.
Ainda assim, a situação ficou na dianteira da votação. A Nova União Popular Ecológica e Social conquistou 131 vagas e se constitui como principal bloco da oposição. Já o Rassemblement Nacional (Reagrupamento Nacional) – direita radical liderada por Marine Le Pen – ficou com 89 vagas. Foi o grupo que mais cresceu, ante as sete cadeiras conquistadas no pleito anterior.
A primeira-ministra do país, Elisabeth Borne – que também era candidata e conseguiu se eleger – disse em pronunciamento na TV francesa que “a situação (perda da maioria absoluta) representa um risco para o país, dados os riscos que já temos enfrentado nacional e internacionalmente”, declarou. “Vamos trabalhar a partir de amanhã para construir uma maioria.” Na França, tradicionalmente o partido do presidente que acaba de ser eleito (Macron foi reeleito em abril) vence também as eleições legislativas. Fonte: G1
