“Não gosto dessa terminologia”, diz Coronel Coutinho sobre audiência de custódia

Coronel Paulo Coutinho | Foto: PM/GOVBA

Comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Coronel Paulo Coutinho, disse que não gosta da terminologia ‘audiência de custódia’

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Coronel Paulo Coutinho, disse que não gosta da terminologia ‘audiência de custódia’ e tem debatido formas de garantir que o mecanismo não funcione como meio de não punição de criminosos. A afirmação foi feita no nesta segunda-feira (27), em apresentação do balanço do São João pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA).

A declaração do Coronel Paulo Coutinho ocorreu após relatos de policiais militares sobre ‘enchugar gelo’, ao prender suspeitos que são liberados após a audiência de custódia. Os relatos são comuns em coberturas de pautas que envolvem crimes como os de roubo na capital.

“Não gosto dessa terminologia. Somos policiais militares e existimos como constituição para levar segurança para a sociedade. Esse é um fato que a gente tem debatido muito, principalmente para tentar sensibilizar as entidades judicantes no sentido de que avaliam com mais profundidade essas questões. Para que a audiência de custódia não seja algo de possa gerar impunidade”, disse Coutinho.

De acordo com o balanço da SSP no período do São João, foram computadas pela instituição 24 prisões em flagrante – dentre elas as capturas do líder do tráfico de Várzea da Roça e do autor de chacina em Cruz das Almas, ocorrida em abril deste ano. Cinco armas de fogo e três armas brancas apreendidas, 41 lesões corporais, 251 furtos, seis roubos e uma importunação sexual registradas.

O órgão de segurança pública ainda afirma que houve a ausência de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). “Esse foi mais um grande evento em que utilizamos o Reconhecimento Facial para reforçar as ações policiais, tendo como principal finalidade evitar a entrada de criminosos nos espaços das festas. Mais uma vez ficou evidente a eficácia da ferramenta e o quanto as equipes em campo são capacitadas para conduzir ocorrências de identificação de foragidos”, pontuou o secretário da SSP, Ricardo Mandarino, em nota.

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