O valor do botijão de 13 kg deve ficar entre R $80,00 a R $85,00, nas revendedoras.
O ano recém começou e sábado os soteropolitanos começam a pagar mais caro pelo gás de cozinha, em Salvador. O valor do botijão de 13 kg deve ficar entre R $80,00 a R $85,00, nas revendedoras. Cozinheiras informais, donas de casa que já amargam lucro pequeno em seus pequenos negócios e procuram produzir comidas rápidas para alimentar clientes e famílias, respectivamente, não gostaram da notícia. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes-Ba (Abrasel) também diz que está muito difícil a situação.
Celeste Santos tem um negócio próprio de alimentação, produz quentinhas durante a semana e faz doces finos aos finais de semana “vendo no bairro de Itapuã, onde moro. Minha margem de lucro está muito pequena. Já aumentei o valor mês passado, agora novamente essa situação. Mas se aumentar ninguém vai comprar. É muito complicado.
Luciana de Jesus garante que já encontrou outro meio de aumentar o lucro, “larguei o ramo de alimentação. Estou trabalhando com pinturas. Pinto imagens de santos. Tenho que alimentar minha filha e o lucro no ramo de comida era praticamente zero.”
Segundo o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas), Robério Souza, essa variação está atrelada às diferentes marcas e também ao custo operacional de cada revendedor. Outros fatores para a alternância nos preços são as variações adotadas pela Petrobras. A Petrobras está adotando uma medida inédita em toda a sua existência. Não há negociação, ela dita o preço. Já seguramos muito para não penalizar os consumidores, mas agora teremos que repassar. A partir de sábado o botijão de 13 quilos pode ficar até R $85,00, dependendo da marca.”
A Petrobras confirmou o aumento na última quarta-feira (06), sendo esse o primeiro aumento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) este ano, da ordem de 6%. O último reajuste ocorreu em 3 de dezembro e foi de 5%. A alta afeta tanto o GLP 13 Kg, o chamado gás de cozinha, que será vendido nas refinarias a R$ 35,98 o botijão, correspondente a 46% do preço total, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios, academias, entre outros. Para o presidente da Abrasel, Leandro Menezes, a alta do gás de cozinha atinge muito o setor, o aumento no preço do gás é sempre muito significativo ao nosso setor. E nas condições atuais, onde a maior parte das empresas está trabalhando no prejuízo, esse impacto será ainda maior. Os custos dos alimentos não param de subir e a maior parte das empresas do nosso setor não teve acesso ao crédito. Este aumento do gás vai ser bem nocivo à categoria que não se recuperou dos impactos da pandemia. O segmento de Alimentação Fora do Lar acumula um enorme prejuízo e sem nenhum tipo de auxílio para atender especificamente ao setor.
Fonte: Tribuna da Bahia