Perícias sobre a morte do Sd PM Wesley apresenta posicionamentos diferentes.
A primeira perícia
O primeiro parecer foi de uma perícia particular, contratada pela Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspra), assinada pelo Secrim. Segundo o documento, “o Gerenciamento de Crise foi desenvolvido de forma incorreta e fora das doutrinas nacionais e internacionais”.
Segundo a perícia, o soldado não atirou na guarnição, “mas por cima dela”. Por sua vez, a guarnição “sem ameaça iminente, efetuou seis disparos na direção do Soldado Wesley, alvejando-o enquanto a arma da vítima se encontrava apontando para o solo e não para a guarnição”.
O laudo aponta que o soldado foi atingido novamente quando já estava atingido no chão, “indicando claramente excesso de força letal”.
“Diante da análise dos fatos, se os protocolos de gerenciamento de crise tivessem sido obedecidos e os profissionais certos tivessem participado do procedimento, a solução do conflito teria sido a rendição do soldado Wesley Soares de Góes e não sua execução”.
Além disso, conforme vídeos amplamente divulgados nas redes sociais percebeu-se que não foi respeitado os protocolos de preservação de local de crime, o exame do local deve ser feito de forma criteriosa e obedecendo os padrões de coleta de vestígios do local idôneo.
Fonte: A Tarde
A segunda perícia
Em uma coletiva de imprensa virtual realizada nesta quinta-feira (21), a Polícia Militar da Bahia apresentou a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou os fatos que resultaram na morte do soldado Wesley Soares de Góes, em março deste ano no Farol da Barra, em Salvador. O resultado foi apresentado conjuntamente com representantes do Ministério Público que acompanharam as investigações.
O IPM instaurado teve como principal objetivo apurar os procedimentos adotados pelos policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que atenderam a ocorrência em 28 de março de 2021.
A conclusão do inquérito entendeu que a ação do Bope foi legal em virtude do reconhecimento de legítima defesa (própria e de terceiros), pelos laudos periciais que integraram a apuração e das testemunhas ouvidas que legitimaram a atuação do Bope. Ao longo do inquérito foi realizada uma reconstituição do fato com a presença de advogados dos familiares do soldado Wesley, membros do Ministério Público, da corregedoria da PMBA e peritos do Departamento de Polícia Técnica.
A coletiva contou com as participações do corregedor geral da PMBA, coronel Augusto Magnavita, do oficial encarregado pelo IPM e corregedor adjunto da PMBA, tenente coronel Agnaldo Ceita, e dos promotores de justiça Isabel Adelaide e Luciano Borges.
Fonte: DCS PM