Prefeito Bruno Reis falou que o legado que o PT deixou para a cidade na saúde foi o assassinato de Neylton. Relembre o caso

Caso Neylton

O prefeito Bruno Reis (UB) esteve presente hoje (28/09), pela manhã, inaugurando  a Unidade de Saúde da Família (USF) da comunidade da “Baixa Fria” na região de São Marcos. Conforme o mandatário, Salvador chega ao patamar de 69% de cobertura de atenção básica. “Salvador tinha a pior atenção básica do Brasil. Na verdade, eles [gestões petistas] nos entregaram nessa situação. O PT, durante o mandato do ex-prefeito João Henrique, por quase a totalidade do mandato, comandou a Secretaria de Saúde.” afirmou o prefeito.

Ao falar sobre o debate de ontem entre os candidatos a governador promovido pela rede Bahia, o gestor mostrou indignação pelas críticas do candidato do PT em relação a assistência de saúde básica da cidade.

De acordo com o prefeito, o único ‘legado’ do PT na passagem pela Secretaria Municipal de Saúde, durante a gestão do ex-prefeito João Henrique, foi a morte do servidor Neylton Souto da Silveira.

Relembre o caso:

O funcionário público Neylton Souto da Silveira, de 48 anos, foi encontrado morto no dia 7 de janeiro de 2007, caído numa área interna do prédio em que a Secretaria Municipal de Saúde funcionava no comércio. Ele exercia o cargo de subcoordenador de contabilidade do setor de gestão plena, sendo responsável pelos pagamentos do órgão.

O corpo foi encontrado no domingo do mesmo mês, após insistência do seu filho mais velho, que conseguiu que a administração da Secretaria Municipal de Saúde autorizasse uma busca no edifício em que o órgão funciona, na Rua Miguel Calmon.

Logo após o assassinato de Neylton, familiares chegaram a denunciar desavenças entre a vítima e sua chefe imediata, Tânia Maria Pedrosa, responsável pelo setor financeiro do Serviço Único de Saúde, que negou os supostos desentendimentos.

Em 8 de fevereiro, os vigilantes Josemar dos Santos, 27 anos, Anderson Cleiton das Neves, 30, e Jair Barbosa da Conceição, 40, que trabalhavam na vigilância da Secretaria Municipal de Saúde, acusados pela execução do crime, são presos.

Desde o primeiro momento, Josemar, Jair e Anderson figuraram como suspeitos pelo fato de estarem de plantão no presumível horário do crime.

No início da semana, os primeiros resultados da pressão começaram a surgir. Anderson resolveu revelar à Polícia que os colegas abandonaram o posto de serviço das 9 horas às 11 horas no dia do crime, deixando-o sozinho na portaria do prédio. Mesmo não tendo testemunhado o assassinato, ele forneceu as preciosas informações que levaram aos autores.

Eles confessaram que foram contratados por Tânia Pedrosa para dar uma surra num funcionário que estava criando problema. O vigilante Jair Barbosa teria convidado o colega Josemar dos Santos para ajudá-lo.

Deram o valor do contrato: R$20 mil. Terminaram se excedendo. E o que deveria ser uma sova com caráter de advertência, acabou evoluindo para assassinato com requinte de barbárie. O laudo da necropsia não deixa dúvida quanto à causa da morte: Neylton foi estrangulado e teve a glote partida, possivelmente pelo golpe conhecido como gravata.

Apontadas como mandantes do assassinato do subcoordenador de gestão plena da Secretaria Municipal da Saúde, Neylton Souto da Silveira, 48 anos, a subsecretária do órgão, Aglaé Amaral Souza (PT), e a consultora Tânia Maria Pedrosa, 57 anos, foram presas na época.

De acordo com fonte da Polícia Civil, num de seus interrogatórios, Jair disse ter sido contratado pela consultora “para dar uma surra em um funcionário que estava criando problemas, a pedido da chefe”. A “chefe” a que ele se refere seria a subsecretária municipal de saúde, a Drª Aglaé.

No dia 11, a citada ex-subsecretária municipal da saúde, Aglaé Amaral Souza (PT), e a ex-consultora financeira Tânia Maria Pimentel Pedrosa, apontadas como mandantes do assassinato do subcoordenador de gestão do órgão, Neylton Souto da Silveira, foram transferidas, para o 12º Batalhão da Polícia Militar, no Município de Camaçari, quando o fato todo está restrito à cidade de Salvador. O Tribunal de Justiça do Estado negou na época pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados das acusadas.

A subsecretaria municipal de saúde, Aglaé Amaral Sousa, e da ex-consultora técnica da SMS na época (2007), Tânia Maria Pedrosa. Elas foram presas, mas acabaram sendo soltas em 2010 por falta de provas.

Mais informações com detalhes sobre o caso veja em:

Pronunciamento de César Borges em 13/02/2007

Caso Neylton: servidor analisava contratos com a Real Sociedade Espanhola de Beneficência, diz MP

Acusados por morte de Neylton da Silveira são condenados a 14 anos de prisão

TJ sustenta decisão que afasta Aglaé e Tânia de júri popular

Por / Tatiane Lena

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui