No domingo (2), Claudia Sheinbaum, de 61 anos, foi eleita a primeira mulher presidente do México com cerca de 60,7% dos votos, de acordo com uma contagem preliminar do instituto eleitoral INE. A vitória da cientista entrou para a história do país, conhecido por sua cultura machista e lar da segunda maior população católica romana do mundo, que durante anos defendeu valores e papéis mais tradicionais para as mulheres.
Ao comemorar a conquista, Sheinbaum agradeceu a Andrés Manuel López Obrador, seu mentor e líder que está deixando a presidência mexicana. “Um homem excepcional e único que transformou o México para melhor”, disse.
López Obrador se tornou popular com medidas como dobrar o salário mínimo, reduzir a pobreza e supervisionar o fortalecimento do peso e os baixos níveis de desemprego. “Fizemos história!”, afirmou Sheinbaum a uma multidão na manhã desta segunda-feira (3) na praça Zócalo, no coração da Cidade do México.
“Quero agradecer a milhões de mulheres e homens mexicanos que decidiram nos dar o seu voto neste dia histórico”, disse Sheinbaum num discurso de vitória perante a multidão. “Não os decepcionarei”, assegurou a nova presidente.
Além de elegerem a nova presidente, os mexicanos também votaram em membros do Congresso, em vários governadores e em uma miríade de autoridades locais, totalizando mais de 20 mil cargos.