Professores da rede municipal de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, entram em greve por tempo indeterminado

Categoria busca reajuste salarial, melhorias nas estruturas das unidades e alterações em benefícios.

Professores que fazem parte da rede municipal de ensino de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, entraram em greve por tempo indeterminado após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (14). Os trabalhadores cobram reajuste salarial, melhora na estrutura das unidades e alteração no Auxílio Alimentação.

Após a assembleia, a categoria seguiu para um ato na sede da prefeitura. Segundo o sindicato que representa a categoria (APLB), os trabalhadores tentam acordo desde o final de 2021, mas não houve uma resolução ao impasse com a gestão.

De acordo com Josemiran Marques, coordenador da APLB em Camaçari, os professores pedem reajuste de 33,24% para todas as categorias.

“Estamos em negociação desde dezembro do ano passado, quando encaminhamos a pauta pedagógica. Em fevereiro, encaminhamos a financeira. Não houve acordo em todas as negociações e o Município alega que não tem condições de arcar com os reajustes pedidos”, disse.

Professores de Camaçari entram em greve após assembleia nesta quinta-feira — Foto: Divulgação/APLB

Professores de Camaçari entram em greve após assembleia nesta quinta-feira — Foto: Divulgação/APLB

Segundo o Sindicato dos Professores de Camaçari (Sispec), a categoria tem um piso de R$ 3.845 para quem tem carga horária de 40 horas semanais. No entanto, segundo a entidade, a contraproposta oferecida pela gestão municipal se estende somente a quem recebe vencimentos menores que esse valor.

“Um professor que tem pós-graduação recebe o mesmo que o outro que tem formação de magistério. E se você aplica um piso igual a todos, você não estimula o professor a se especializar. Queremos um reajuste linear, não somente a quem recebe menos que o piso exigido”, comentou José Marcelo, diretor da entidade.

Cerca de 2 mil professores fazem parte da rede pública de ensino de Camaçari. Com a greve, mais de 36 mil alunos ficarão fora da sala de aula nas cerca de 100 escolas do município.

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