Em meio a uma onda de protestos contra o governo, a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (5). Ao menos 300 mortes já foram registradas nas manifestações e, após a imprensa local informar que Hasina havia deixado o país, milhares de manifestantes invadiram a residência oficial da primeira-ministra.
O comandante do Exército de Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, confirmou a renúncia da primeira-ministra em um comunicado exibido pela televisão estatal. Ele anunciou também que as Forças Armadas vão formar um governo interino comandado pelos militares. No comunicado, o comandante disse que consultou representantes dos partidos políticos e da sociedade civil do país antes. Afirmou ainda que o governo provisório funcionará até que uma solução seja encontrada para o país.
Neste final de semana as manifestações se tornaram ainda mais violentas, depois de algumas semanas com protestos estudantis contra o sistema de cotas do governo. Um terço dos empregos públicos é reservado para parentes de veteranos da guerra contra o Paquistão (1971). Essa política de cotas havia sido suspensa em 2018, mas foi restabelecida em junho deste ano.
