Conforme dados provisórios divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde (MS), a dengue está em crescimento no Brasil. Até a 11ª semana epidemiológica deste ano (19 de março), foram contabilizados 204.159 casos da doença e 43 mortes. Os dados informados superam os registrados no mesmo período do ano passado, com 131.520 casos e 30 óbitos, porém, estão menores do que em 2020, quando houve 390.684 casos e 106 mortes no mesmo intervalo.
Na contramão dos dados nacionais, na capital baiana, o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 03 e 07 de janeiro deste ano, apontou que Salvador apresentou uma Infestação Predial (IIP) histórica de apenas 1,5%, o menor indicador registrado nos últimos anos.
O estudo mostrou que a cada 100 imóveis visitados pelas equipes de saúde, aproximadamente um apresentou focos do mosquito. O resultado positivo do levantamento é atribuído a uma série de intervenções, mobilização e conscientização junto à população feita através de campanhas e ações educativas coordenadas pela Secretaria Municipal da Saúde, bem como a intensificação das atividades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) casa à casa, dos inúmeros mutirões de limpeza realizados em bairros prioritários através da articulação de diferentes órgãos da Prefeitura como a Limburp.
“Passamos por um período desafiador durante a pandemia, já que suspendemos as inspeções domiciliares dos agentes de combate às endemias por conta do risco de transmissibilidade do Covid-19. No entanto, intensificamos o trabalho de enfrentamento ao Aedes com os mutirões nos bairros em parceria com a Limpurb.
Isso ajudou a atingir o indicador histórico que é fruto de um trabalho contínuo e incansável da Prefeitura, juntamente com o apoio massivo da população que têm sido os agentes dos próprios bairros”, destaca Decio Martins, Secretário Municipal da Saúde.
Infestação por bairros
As comunidades do Matatu, Pitangueiras, Santo Agostinho e Vila Laura apresentaram o indicador mais baixo no município com 0%, ou seja, nenhum foco foi identificado na região durante o estudo.
As comunidades do Matatu, Pitangueiras, Santo Agostinho e Vila Laura apresentaram o indicador mais baixo no município com 0%, ou seja, nenhum foco foi identificado na região durante o estudo.