O mandatário elencou uma série de medidas da prefeitura para apoiar os rodoviários que ainda não receberam os direitos trabalhistas
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) subiu o tom contra a paralisação de rodoviários da extinta Concessionária Salvador Norte (CSN), que ocorreu nesta quinta-feira (13), na proximidades da rodoviária da capital baiana, causando congestionamentos na região. Em tom exaltado, o mandatário rebateu as críticas que sua gestão vem recebendo da categoria e afirmou que, em vez de protestos, os trabalhadores deveriam estar realizando ‘passeatas agradecendo ao prefeito’.
Para o prefeito, a mobilização de ontem foi feita por ’16 trabalhadores irresponsáveis’ que ‘criaram transtorno na cidade’, mesmo recebendo apoio e subsídios do executivo municipal. Segundo o mandatário, a maioria dos rodoviários (1100 trabalhadores) que foram prejudicados com a extinção da antiga concessionária foram indenizados pela prefeitura, enquanto que os 800 restantes ainda esperam a solução a partir da venda de um terreno apalavrado.
“A empresa (CSN) não tinha condições de pagar os débitos trabalhistas e eles deveriam estar é fazendo passeata agradecendo ao prefeito por receber um real de indenização graças aos recursos que nós colocamos e a nossa capacidade de articulação para garantir o pagamento”, reclamou. “E aí você vê um bocado de idiota falando besteira. Se não fosse o prefeito, eles não iriam receber nunca. Essa é a verdade”.
O mandatário elencou uma série de medidas da prefeitura para apoiar os rodoviários que ainda não receberam os direitos trabalhistas, como distribuição de cestas básicas e liberação de seguro desemprego. Bruno Reis disse, categoricamente, que tudo o que podia ser feito pela prefeitura de Salvador já foi feito e agora resta esperar os trâmites em relação à alienação do terreno, último obstáculo para quitar a dívida com os trabalhadores.
“Tem burocracia, tem que assinar contrato, tem que passar escritura, tem que tirar certidões, tem que fazer o estudo da área e isso vai levar tempo, dois ou três meses. O que já foi dito claramente: não adianta penalizar as pessoas que não vai mudar a realidade, não há o que ser feito mais, são tramites burocráticos, aí independe de qualquer articulação”, explicou.
“Agora o mais importante é que o terreno já está apalavrado, as pessoas não têm nada a ver com uma relação empresarial (entre a extinta CSN e rodoviários), inclusive a prefeitura não tem nada a ver, mas por uma questão social e pelo meu papel como prefeito que me coloco à disposição para ajudar as pessoas, eu estou fazendo isso e não há como fazer mais do que eu fiz.”