No dia mundial de combate ao fumo o ssanotícias pergunta: Já pensou em parar de fumar?
O uso do tabaco com finalidade recreativa é muito antigo. Modismos, tradições populares e apelos de propagandas atraentes tem estimulado o uso e a chegada de novos adeptos através dos tempos.
Mas em épocas mais recentes, a partir dos estudos que associaram o fumo a inúmeras doenças, em fumantes ativos e passivos, iniciou-se um movimento mundial no sentido de limitar esta prática. Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem pedindo com grande veemência que países membros realizarem programas nacionais em que diferentes estratégias antitabagismo sejam estudadas e principalmente implementadas.
Custo econômico
O fato é que o desgaste econômico com o tabagismo é muito grande, envolvendo indivíduos, serviços e a sociedade como um todo. Há gastos públicos com o tratamento das doenças atribuídas ao consumo de cigarro. Diminuição de produtividade dos fumantes acometidos por essas doenças. O gasto familiar se compromete com o hábito de fumar (10% do orçamento global em famílias pobres).
Além disso o tabagismo passivo também impõe um ônus econômico, tanto médico como por perda da produtividade. Tal exposição causa doenças cardíacas e pulmonares em adultos e piora os riscos de infecções respiratórias agudas, otites médias, asma brônquica e problemas no desenvolvimento pulmonar em crianças. Também aumenta o risco de morte súbita em lactentes
Com isso, cerca de 700 milhões de crianças (metade da população infantil no mundo) estão expostos ao ar poluído pelo fumo. Em quase todos os casos, elas não têm escolha, sendo incapazes de protestar ou proteger-se.
Estratégias não-medicamentosas
Estratégias não-medicamentosas podem ser usadas como coadjuvantes da farmacoterapia, tendo em vista que estudos mostram que sem a intervenção de medicamentos na redução da necessidade de fumar ocorre baixa adesão e instalação de sintomas de abstinência aguda ao fumo.
Estratégias medicamentosas
As terapias medicamentosas de combate ao tabagismo abrangem:
Nicotina para substituição em casos mais leves, são os famosos adesivos e chicletes que podem ser usados sem prescrição médica.
Bupropiona (antidepressivo);
Vareniclina (agonista parcial de receptor nicotínico);
Clonidina (bloqueador adrenérgico central);
Nortriptilina (antidepressivo), constituem medicamentos de segunda linha, em função
de seus efeitos adversos;
Vacinas nicotínicas estão em desenvolvimento e aguardam aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para liberação nos EUA.
Outros fármacos cogitados para redução e cessação do ato de fumar incluem:
Rimonabanto (antagonista de receptor canabinóide CB1);
Mecamilamina (bloqueador competitivo de receptor nicotínico ganglionar);
Inibidores da Monoamino Oxidase (inibidores da MAO), (antidepressivos), antagonistas de receptor D3 dopaminérgico e inibidores do metabolismo de nicotina.
No entanto o processo não é simples. Para se livrar do vício, é preciso muita força de vontade, mudança no estilo de vida e , se necessário ajuda de medicamentos.