Na terça-feira (29), o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema), Luiz Carlos Ciocchi, anunciou, em audiência na Câmara dos Deputados, que o apagão nacional, registrado no último dia 15, foi causado pelo atraso no tempo de resposta de equipamentos em usinas de energia.
De acordo com Ciocchi, o “evento zero” que resultou no apagão foi uma descarga em uma de linha de transmissão que conecta as cidades de Quixadá e Fortaleza, no estado do Ceará. Essa falha deu origem a uma “série de outros pequenos eventos” que, na prática, levaram a uma desconexão do sistema integrado. O aparelho deveria ter um tempo de resposta de cerca de 15 a 20 milissegundos, porém o tempo foi maior, de 50 a 100 milissegundos.
“Não há como atribuir culpas a fontes ou agentes”, declarou. Ainda no dia do apagão, o ONS já havia informado que o desligamento que atingiu as regiões Sudeste e Sul do país tinha sido uma “ação controlada”, em resposta a uma falha identificada na região Nordeste, o que foi confirmado por Ciocchi.
Como resultado, as 26 unidades da Federação que compõem a rede foram afetadas. A exceção foi Roraima, que ainda não está no Sistema Interligado Nacional e, por isso, passou ilesa pela pane elétrica.