Marcos Rogério é um dos nomes cotados, mas ele deve disputar o governo de Roraima, e seria difícil conciliar as duas agendas.
Sem líder no Senado desde dezembro do ano passado, a base de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro espera resolver o impasse para o cargo na próxima semana. Convidado a assumir o posto, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) recusou o convite. A vaga, agora, está entre os senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Eduardo Gomes (MDB-TO).
Recém-filiado ao PL, partido de Bolsonaro desde novembro do ano passado, Marcos Rogério foi um dos senadores atuantes na defesa do governo durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19. À época, ele ainda estava no DEM, partido do qual era líder.
O novo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), avalia que o líder do governo na Casa deveria ser, idealmente, do mesmo partido de Bolsonaro. Com a ficha de filiação ao PL assinada em janeiro deste ano, Marcos Rogério ganha mais um ponto a seu favor para assumir a vaga.
O senador Eduardo Gomes, por sua vez, já é líder do governo no Congresso. A possibilidade levantada pelos aliados do presidente é a de que ele pudesse acumular as duas lideranças. Além de Gomes não ter demonstrado entusiasmo em assumir os dois cargos, integrantes da base governista avaliam que é necessário mais uma pessoa para reforçar as articulações no Congresso.
O nome, no entanto, não foi decidido em razão das articulações em torno de movimentações partidárias e por questões locais que poderiam influenciar no desempenho do cargo. No caso de Marcos Rogério, por exemplo, um dos fatores que pesam na decisão do senador é a intenção dele de disputar o governo de seu estado, Rondônia.
Apesar de o cargo de líder do governo lhe dar mais visibilidade, a campanha demandará atenção que deverá ser dividida com articulações dentro do Senado. Projetos defendidos pelo governo têm enfrentado mais resistência que na Câmara, o que demanda um trabalho de articulação mais intenso.