Os últimos acontecimentos envolvendo fãs da cantora americana Taylor Swift chamam a atenção para os limites existentes nesta relação com o artista. Recentemente acompanhamos a morte de uma jovem durante um show da cantora que estava sendo realizado no Estádio Nilton Santos, famoso Engenhão, na cidade do Rio de Janeiro, a situação ocorreu em um dia marcado por altas temperaturas na capital carioca (relembre o caso). Alguns dias depois, um vídeo onde uma fã brasileira da artista discute com admiradoras colombianas viralizou nas redes sociais, a discussão teria sido iniciada por conta de lugar na fila.
De vez em quando acompanhamos histórias de fãs que fazem “loucuras” para poder acompanhar o show do seu artista ou banda favorita. Desde que a turnê do grupo RBD foi anunciada, a internet foi à loucura. No caso da banda, vimos pessoas acampando nas filas para entrada nos eventos, situações como essas também são registradas em festivais musicais, principalmente quando a grade é composta por artistas internacionais.
Mas afinal, o que é ser fã? Como saber o que é isso? Vale a pena fazer “loucuras” por um artista? Existem limites?
Ser fã
De acordo com o Oxford Languages, fã é o indivíduo que tem ou manifesta grande afeição por alguém. (Artista, banda, desportista, político, etc). Já segundo o site Wikipédia, fã é uma pessoa que se dedica a expressar sua admiração por uma pessoa, grupo, esporte ou até mesmo um objeto.
Bom, já entendemos que ser fã de algo ou alguém é quando admiramos um certo objeto ou pessoa, podendo de alguma forma expressar esse sentimento ou não.
Limites
Agora, até onde ir por esta outra pessoa ou objeto? Existem limites?
Não podemos definir de forma exata o que pode ou não ser feito, isso vai do limite de cada um, até onde alguém está disposto a ir por uma pessoa ou coisa que admira, cada indivíduo tem a sua percepção e limitação sobre este assunto.
Há quem esteja disposto a acampar, ficar dias em uma fila, comer e dormir ali na espera da abertura dos portões do evento, e assim conseguir um bom lugar próximo ao palco. Assim como tem quem prefira ir apenas no dia do evento para assistir a apresentação em qualquer local do espaço.
Além do saudável
Mas, e quando essa admiração deixa de ser algo saudável e se torna algo prejudicial, ou até mesmo uma obsessão? Quando isso acontece, a relação entre admirador e admirado pode se tornar perigosa. Podemos relembrar casos em que vimos isto acontecer, quem não lembra quando um fã matou John Lennon? Ou do caso da cantora Selena? Já nos dias atuais podemos citar casos em que Billie Ellish, Ariana Grande e Kylie Jenner conseguiram ordens de restrições contra pessoas que se tornaram obcecadas por elas.
Casos como esses nos mostram o quão importante é cuidar da saúde mental, e a relevância da prevenção destes comportamentos obcecados e perigosos entre os fãs. Os admiradores devem procurar ajuda profissional caso estejam tendo pensamentos ou comportamentos negativos com relação aquele artista que tanto gosta. Já do outro lado, o admirado e sua equipe precisam estar atentos e tomem medidas para garantir sua segurança e privacidade.
Vale lembrar que o artista é um ser humano como qualquer, e que além de privacidade também merece respeito. É importante que as pessoas, principalmente os fãs o vejam e trate-o com o lado humano, independente da fama e sucesso.
Conclusão
Não há discussões que a relação entre fã e ídolo é uma das mais intensas que existem, porém, como tudo, precisa ter limites. Este relacionamento deve ser leve e saudável, quando passa disso não faz bem para nenhum dos lados.
Atenção fã: O carinho e admiração são bonitos e bem recebidos, ao menor sinal da quebra destes limites procure ajuda. Lembre-se, seu ídolo é uma pessoa assim como você, ele também tem sentimentos e passa por problemas na vida.