O surfista baiano que morreu nesta quinta-feira (5), em uma praia de Nazaré, Portugal, após cair na água enquanto praticava surf rebocado, é conhecido por enfrentar ondas gigantes ao redor do mundo. Carinhosamente apelidado de “Márcio Bolha”, o atleta coleciona momentos brilhantes na sua trajetória esportiva.
Considerado uma lenda no surfe de ondas gigantes, Márcio Freire rodou o mundo através do esporte, praticado por amor, longe dos circuitos profissionais. Em 2007, na companhia dos conterrâneos Danilo Couto e Yuri Soledade, reescreveu a história do ‘big surf’ no mundo. Radicado no Havaí, ele conseguiu surfar Jaws, sem a ajuda de uma moto aquática Márcio e os amigos droparam as ondas na remada, até então tido por alguns como algo impossível. A história de Márcio é contada em um livro, escrito pela mãe Dione, e um documentário e série no Canal Off.
Na ocasião, em entrevista ao BNews, Márcio contou que nunca teve interesse em tow-in, por isso não ia muito para Jaws, mas, naquele dia épico, Danilo viu que o mar ia ter uma condição boa e o chamou para explorar uma das ondas mais temidas do planeta. Assim, os amigos baianos, que se conheciam desde a infância participando de campeonatos de surfe na Bahia, resolveram desbravar as ondas mais temidas do planeta sem jetski, sem nenhum tipo de auxílio de resgate, apenas com suas pranchas.
“Foi uma coisa natural de surfista de onda grande, de querer ir lá, explorar, e surfar as ondas. Ninguém estava querendo fazer uma história, escrever um novo capítulo, foi bem natural”, explicou Márcio.
Depois desse feito em Jaws, o trio de baianos ficou conhecido como ‘Mad Dogs’ (cachorros loucos – em tradução livre), como eram chamados pelos havaianos. A história de Márcio virou livro, escrito pela mãe Dione, documentário e série, no Canal OFF.
Com informações do site BNews