Até o momento, 28 senadores já assinaram o requerimento para que haja a CPI. O mínimo necessário é 27
As suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações sobre um suposto balcão de negócios no Ministério da Educação (MEC), que culminou na prisão relâmpado do ex-titular da pasta, Milton Ribeiro, tem fortalecido a ideia de abertura de uma CPI no Senado para investigar os supostos desvio no ministério.
Com uma assinatura a mais que o mínimo necessário, a oposição no Senado ainda tenta engrossar com ao menos mais dois nomes o requerimento para criação de uma CPI sobre as suspeitas que envolvem o Ministério da Educação. A ideia é ter força suficiente para pressionar o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a não segurar a instalação do colegiado, como fez com a CPI da Covid no ano passado, que só foi instalada por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).
Até o momento, 28 senadores já assinaram o requerimento para que haja a CPI. O mínimo necessário é 27. A ideia é que o pedido seja protocolado nesta terça-feira (28).
Os oposicionistas também tentam evitar que haja defecções de nomes que já assinaram a lista, como o do senador Alexandre Giordano (MDB-SP), um dos últimos a defender a criação da comissão investigativa.
Ao mesmo tempo, a bancada do governo tenta desidratar as intenções dos opositores sugerindo a instalação de CPI que investigue suspeitas relacionadas aos governos do PT.