Nesta sexta-feira (5), a “lista suja” do governo federal com nomes de empregadores que submeteram trabalhadores a condições de trabalho análogas à escravidão foi atualizada com 248 novos nomes de pessoas físicas (patrões) e jurídicas (empresas).
O Ministério do Trabalho e do Emprego atualizou o documento conhecido como Lista Suja, que agora conta com 645 nomes. Essa é a maior inclusão já realizada na história. O recorde já havia sido batido na última atualização, em outubro do ano passado, quando 204 empregadores foram adicionados à lista.
O nomes podem ser conferidos no site do governo federal. As atividades econômicas com o maior número de empregadores na lista foram: trabalho doméstico (43); cultivo de café (27); criação bovinos (22); produção de carvão (16); construção civil (12).
A inclusão de pessoas ou empresas no cadastro, em atualizações semestrais, acontece depois da conclusão do processo administrativo que julga o auto de trabalho análogo à escravidão. A iniciativa existe desde 2004, mas sofreu impasses nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). A divulgação dela chegou a ser suspensa de 2014 a 2016, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a constitucionalidade do documento.