O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a investigação por transfobia do deputado federal Pastor Sargento Isidório. O pedido foi realizado junto à Procuradoria Geral da República (PGR) e se refere à quando o parlamentar chamou Erika Hilton (PSOL) pelo pronome masculino: “meu amigo”.
De acordo com a procuradora Raquel Branquinho, o baiano também teria cometido violência política de gênero. Conforme a lei 14.192/2021, se enquadram neste delito as atitudes de “Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo”.
Anteriormente Hilton já tinha entrado com uma ação contra Isidório e pediu reparação de danos. “A fala em questão extrapola os limites da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar, uma vez que incentiva o ódio, o preconceito e a discriminação contra a população trans e travesti”, defendeu a deputada.