Mais de 30 países já estão imunizando crianças contra o coronavírus. Segundo os médicos, a prevenção com a vacina é ainda mais importante no Brasil, por causa das características da rede hospitalar do país.
O início da vacinação de crianças no Brasil ainda vai demorar pelo menos uma semana. É o prazo para que comecem a chegar as doses da Pfizer.
Para escorregar, girar, brincar, tem que ter saúde. O balanço é o preferido da Luisa. No álbum da família da Luisa, a vacina contra a Covid tem lugar de destaque. A irmã Bia, de 12 anos, já está imunizada e, logo, logo, será a vez do irmão Artur, de 10, e da própria Luisa, de 7. A avó e os pais das crianças, Cristiane e Fernando, já tomaram a dose de reforço.
“A gente foi lá e fez o nosso papel de cidadão, tanto para proteger nossa família, como também o nosso país. Ajudar a nossa população”, diz a veterinária Cristiane Moraes.
Os pais de outros 20 milhões de pequenos brasileiros que têm de 5 a 11 anos também vão poder levar os filhos aos postos de saúde assim que as doses da vacina chegarem. Uma etapa fundamental no combate à pandemia.
“A maioria dos adolescentes, adultos e idosos já está vacinada. Então, em quem é que esse vírus vai atacar? Nas crianças justamente, que não receberam ainda a sua vacina. É o grupo atualmente mais suscetível para a aquisição da Covid. Por isso que é muito importante, assim que essas vacinas chegarem, a gente levar as crianças dessa faixa etária para vacinar, para protegê-las. Até porque as aulas já vão começar”, afirma a pediatra Ana Escobar, professora da Faculdade de Medicina da USP.
As crianças que ficam doentes com Covid costumam ter quadros mais leves do que os adultos, o que não significa que não haja risco.
“Existem crianças que, infelizmente, não evoluem bem. Então, a gente tem a vacina, a vacina é segura, é eficaz. Não há nenhuma razão para gente deixar de vacinar as nossas crianças”, diz Ana Escobar.
Mais de 30 países já estão imunizando essa faixa etária e a prevenção com a vacina é ainda mais importante no Brasil, por causa das características da nossa rede hospitalar, como lembram os médicos.
“Infelizmente, a nossa estrutura de atendimento é muito desigual e precária em muitas regiões do Brasil. Então, crianças que precisarem de internação, de leito de terapia intensiva por exemplo, podem não encontrar a melhor estrutura. Nós temos vacinas que são altamente eficazes para prevenir doença grave e morte por Covid-19”, explica o infectologista Gerson Salvador.
A pequena Luisa já entendeu porque os pais vão levá-la para tomar a vacina: “Porque daí eu fico mais protegida e todo mundo de mim. Faz bem para nossa saúde”, diz. E com saúde, a menina que adora um balanço vai poder continuar brincando.
