Violência contra a mulher no período da pandemia

feminicidio
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Oi pessoal!

Estava fazendo umas pesquisas e o título de um livro me deixou intrigada.

TAPA DE AMOR NÃO DÓI, no site não tinha o nome do autor… e nem a foto da
capa do livro…

Ai fiquei me questionando como um TAPA não dói… qualquer tipo de violência dói e deixa marcas…

TAPA – Golpe aplicado com a mão; bofetão, bofetada.

AMOR – Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.

VIOLÊNCIA – constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, que obriga essa pessoa a fazer o que lhe é imposto: violência física, violência psicológica. Ato de oprimir, de sujeitar alguém a fazer alguma coisa pelo uso da força; opressão, tirania: violência contra a mulher.

Após ver os significados das palavras chaves vi que TAPA + VIOLÊNCIA ≠ AMOR. Eles não andam juntos…

A me lembrei de um ditado que eu ouvia muito, e acredito que muitos também já
ouviram: “EM BRIGA DE MARIDO E MULHER NINGUÉM METE A COLHER”.

Porém, hoje em dia, “EM BRIGA DE MARIDO E MULHER NINGUÉM METE ACOLHER” nós devemos meter a colher, o garfo, ou qualquer outra coisa.

Nesse sentido, a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia sancionou a lei 14.278 em 12 de agosto de 2020, onde obriga que os síndicos ou os representantes dos condomínios têm o dever de reportar a violência ocorrida num prazo de 24 horas após a ciência do foto, sob pena de multa que varia de R$ 500,00 (quinhentos reais) até R$ 10.000,00 (dez mil reais), a depender da gravidade do acidente.

Então, com isso, o velho ditado já NÃO tem sentindo… Pois como na situação exemplificada, se a pessoa não comunicar a violência cometida a polícia pode responder pelo crime de omissão de socorro, previsto no Código Penal no artigo 135.

Além disso, qualquer morador também pode fazer a denúncia , e, se quiser, de forma anônima. O que precisa ser informado na hora da denúncia é o endereço do condomínio, quem seria a vítima e o possível agressor.

Segundo a deputada estadual Ivana Bastos (PSD), autora da lei: “o principal objetivo é
atuar na prevenção dos casos de violência. A partir da hora que o agressor sabe que pode ser denunciado, que está vulnerável a qualquer um denunciar, ele vai pensar duas vezes antes de cometer a agressão. Isso já vai ajudar a diminuir os casos”.

De acordo com o monitoramento de mídias independentes de mortes de mulheres durante a pademia: Um vírus e duas guerras. Desde que a pandemia de coronavírus começou, 497 mulheres perderam suas vidas. Foi um feminicídio a cada nove horas entre março e agosto, com uma média de três mortes por dia. São Paulo, com 79 casos, Minas Gerais, com 64, e Bahia, com 49, foram os estados que registraram maior número absoluto de casos no período.

Aí podemos nos questionar, por que isso acontece?

Pasmem, isso acontece porque durante a pandemia as mulheres e se seus respectivos malfeitores estão passando mais tempo juntos.

Então vamos fazer nossa parte, com o intuito que esses números não cresçam mais.

Portanto, vou colocar abaixo os meios de denunciar esse tipo de violência, lembrando que a denúncia pode ser feita de forma anônima.

A forma mais simples é através dos seguintes canais:

Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher, para denúncias, ou disque 190 – Polícia Militar, para atuação emergencial, tem o aplicativo Penhas. A vítima também pode se dirigir à Delegacia de Polícia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência.

É importante ressaltar que caso você não seja a vítima, mas presencie qualquer situação de violência doméstica e familiar, também pode denunciar em nome da vítima e ajuda-la a salva-la

Também tem a Campanha Sinal Vermelho. Campanha nacional lançada pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros que visa auxiliar a vítima de violência doméstica e familiar a denunciar a agressão. para isso, basta se dirigir a uma farmácia e mostrar um “X” vermelho na palma da mão a algum atendente, que identificará o sinal e acionará a Polícia.

Utilize todos o meios que puder provar a relação de abuso. Veja relação de Algumas das provas mais comuns:

1. Conversas de texto com o agressor ou com qualquer outra pessoa;
2.Fotos, áudios ou vídeos que demonstrem a violência;
3.Exame de corpo de delito (exame realizado por médico que constata a origem das lesões);
4.Depoimento da vítima: em casos de violência doméstica, a palavra da mulher tem um peso maior;
5.Testemunhas: qualquer pessoa que tenha conhecimento ou tenha presenciado situações de violência pode ser útil.

Além dessas soluções, questionar a violência e o machismo estrutural também é papel de cada um de nós. Como em outros aspectos dessa pandemia, a nossa capacidade de apoiar quem precisa está sendo posta à prova. A solidariedade nunca foi tão importante.
Após tudo que foi informado, faça sua parte denunciando para que esse tipo frequente de violência não ocorra.

Colaboradora: Claudia Reis Correia
E-mail: [email protected]
Insta: @vida_de_mulher2020
Tel.: 99101-5730

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