Médico veterinário explica sobre os cuidados necessários antes e durante a contaminação do pet
O subtipo do vírus influenza provocou nos meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022 surtos atípicos de gripe pelo Brasil. Com isso, milhares de pessoas ficaram resfriadas e tiveram que se cuidar de maneira redobrada para evitar uma possível contaminação. A questão, é que o vírus e seus subtipos estão presentes tanto nos humanos quanto nos animais. Uma dúvida que os tutores de pet têm é se os animais podem se infectar e até mesmo transmitir a doença.
Num recente artigo, publicado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), a conclusão é que a contaminação pelo vírus influenza nos cães é real, já que, especialmente os dois subtipos H3N8 e H3N2, causam infecção. “Sabemos que ocorre, mas apesar da existência dos casos, detecção e monitoramento da doença, não se sabe muita coisa sobre a situação das cepas no Brasil entre animais ou como acontecem esses contágios de maneira exata. Por essa razão, nosso incentivo é que as pessoas redobrem os cuidados com os pets, desde o processo de vacinação até como cuidar do bichinho de estimação quando contaminado”, pontua o médico veterinário da Mundo Pet, Vladimir Lenin Freitas.
Sobre o tratamento do cão quando contaminado, doutor Vladimir explica que é fundamental manter contato com o médico veterinário, para que os tutores sejam orientados sobre e como proceder. “Nesse processo o médico vai orientar sobre a importância do repouso e hidratação, além de recomendar os remédios que precisam ser aplicados, isso até a melhora completa do animal”.
Vladimir revela ainda que o processo de higiene é fundamental. O uso de máscara e o manejo do pet após a higienização com água, sabão e álcool em gel são importantes aliados dos tutores. “Num surto, o mais importante é evitar a replicação do vírus. Então todo cuidado é pouco. Estamos lidando, de certa maneira, com questões até então desconhecidas, por isso a necessidade de ter disciplina com os cuidados”.
Do pet para o tutor e vice versa
Sobre o processo de contaminação dos cães para os humanos ou de humanos para cães, não há um estudo definitivo em relação a essa questão. Mas há o consenso: em caso de contrair o vírus, é recomendado o isolamento, por conta da atual crise sanitária do mundo. “O pet fica um pouco mais retraído, evita brincar e fazer caminhadas. Por isso, é bom mantê-lo quieto até melhorar. O mesmo ocorre com as pessoas, pois sabemos das subnotificações e muitos ficam doentes sem ao menos saber o que tem. Por isso é tão importante repousar e se manter isolado”, conclui o veterinário.
Fonte: Bruno Ganem AC/Comunicação