A 29ª edição do Grito dos Excluídos reuniu diversos grupos em Salvador, nesta quinta-feira (7), para pedir justiça e proteção para o povo negro e quilombola. Na ocasião, os manifestantes carregavam cartazes e fotos de familiares e amigos que foram vítimas da violência, entre eles, Bernadete Pacífico, que foi assassinada no dia 17 de agosto.
A concentração do público teve início por volta das 8h30, no Largo do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves. Entre os manifestantes, estava a jovem Pâmela Rodrigues, de 21 anos, viúva do quilombola José William dos Santos Barros, que morreu no dia 27 de agosto, em Juazeiro, no norte da Bahia. Ele deixou um filho de 4 anos.
Quem também estava presente no ato foi Lucas Kelsen, representante do projeto Educafro, que tem como principal objetivo, inserir e garantir a permanência de negros e pessoas da camada popular dentro das instituições de ensino superior.
De acordo com ele, a Educafro Brasil, por meio da regional Bahia, protocolou uma ação civil pública com a solicitação de uma indenização de R$143 milhões em favor das comunidades negras e quilombolas.
Ainda durante a ação, o diretor-executivo nacional da Educafro Brasil, o frei Davi Santos, lamentou a morte de mãe Bernadete, que ocorreu no dia 17 de agosto, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, e do quilombola José William.