Três meses: Hospital Eládio Lasserre tem atraso nos salários 

Foto: Ana Lucia Albuquerque/Correio

Mais de 60 profissionais do Hospital Professor Eládio Lasserre (HPEL), situado em Cajazeiras II, na capital baiana, denunciam que estão com salários atrasados há três meses. O último pagamento foi efetuado em agosto e o valor foi retroativo ao mês de maio. Os funcionários que trabalham como pessoa jurídica (PJ) são os mais atingidos e a situação já fez com que médicos abandonassem os plantões. No diário oficial, publicado na última sexta-feira (22), o Governo do Estado reconheceu que deve mais de R$4,645 milhões à organização que gere o hospital público. 

O Instituto Fernando Filgueiras (IFF), organização social sem fins lucrativos, é a responsável pela gestão do Hospital Eládio Lasserre. Porém, esta parceria pode estar perto do fim. Uma seleção pública foi aberta para contratar uma nova empresa para operacionalizar as ações da unidade. Além do IFF, a Associação Saúde em Movimento (ASM) faz parte da concorrência. Na próxima sexta-feira (29), será realizada a abertura dos envelopes de proposta técnica e atestado de capacidade das organizações. 

Ainda sem definição da parte burocrática, médicos que trabalham no hospital sofrem com os salários atrasados. Se, até o final de setembro nenhum valor for repassado, já serão somados quatro meses sem receber. 

Diante da falta de pagamentos, o Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia (Sindimed) convocou os funcionários contratados como PJ para uma reunião online na segunda-feira (25). No encontro, foi determinado, por unanimidade, o estado permanente de assembleia, o que facilita que os profissionais se reúnam de maneira mais breve. 

Foi decidido também que o Sindimed enviará um ofício à Secretária de Estadual de Saúde exigindo a normalização dos salários atrasados. Caso isso não ocorra, a possibilidade de restrição de atendimentos não é descartada. Aumento do número de funcionários, mais segurança no hospital e reajuste salarial irão ser mencionados no ofício. Hoje, um médico que trabalha na UTI recebe R$1,5 mil para trabalhar em um plantão de 12 horas na unidade. Na clínica médica, o plantão po0de valer R$1,3 mil aos finais de semana. 

Os profissionais contam que atrasos de até dois meses já são comuns na rotina de trabalho, porém a possibilidade de completar quatro meses sem receber assusta os funcionários. 

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