Um mês: morte de Mãe Bernadete segue sem definição de mandantes 

Suspeitos de envolvimento na morte de mãe Bernadete entram para o Baralho do Crime.
Foto: Reprodução

Neste domingo (17), a morte da líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete Pacífico completou um mês. A coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação e Quilombos foi morta com 22 tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. 

Mesmo com as investigações divididas em variadas organizações como a Polícia Civil, Federal, Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os nomes dos mandantes e a motivação do crime seguem desconhecidos. 

No dia 21 de agosto, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que as investigações seguem três linhas. As teses abordam: luta pelo território do Quilombo Pitanga dos Palmares – que não é titulado -, intolerância religiosa e disputa de facções, sendo a última a mais destacada pela Polícia Civil do estado. 

No dia 4 de setembro, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que três suspeitos foram presos por envolvimento no assassinato. Conforme o órgão, os presos tiveram diferentes participações no crime: um foi preso por suspeita de ser um dos executores; outro preso por guardar as armas do crime e por porte ilegal de arma de fogo e o terceiro por interceptação dos celulares da líder quilombola e de familiares, roubados durante o crime. 

Com as prisões já realizadas, ao menos mais um suspeito, que seria o segundo executor do crime, é procurado pela investigação. Porém, segundo a SSP, ainda não é possível confirmar qual a motivação do crime. Até o dia 4, 64 pessoas prestaram depoimentos, entre elas familiares, testemunhas e os três envolvidos no crime. 

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