Violência: Em 2023, 98 mulheres foram mortas com arma de fogo em Salvador e RMS

Homem morre baleado em Pirajá
Foto: Reprodução

Só no ano de 2023, novente e oito mulheres foram mortas vítimas de armas de fogo em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Seis delas são vítimas de feminicídio, incluindo uma adolescente de apenas 16 anos. A maioria dos casos registrados envolvem mulheres jovens e negras. Quase todos no ambiente doméstico e pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros. O número foi calculado por meio de um levantamento do Instituto Fogo Cruzado e leva em conta os casos de 1º de janeiro a 29 de novembro de 2023.

Para a advogada criminalista e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-BA (Ordem dos Advogados do Brasil), Daniela Portugal, essa violência armada contra as mulheres tem relação direta com as políticas de armas no país. Durante o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), houve um significativo aumento no acesso a armas de fogo. Nos quatro anos de gestão do ex-mandatário, foram concedidos mais de 900 mil registros para aquisição de armas para CACs (grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores), uma média de 691 registros de novas armas por dia.

Para a advogada, a alta no número de mortes de mulheres por arma de fogo é reflexo dessa flexibilização para o porte de armamentos. Mas ela acredita que há sinais de esperança. E são também os números que trazem essa expectativa positiva: o ano de 2023 já registrou uma queda de quase 82% no número de registro de armas de fogo para defesa pessoal.

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